Pages

25 abril, 2011

A Ressurreição

Olá.

Esse blog foi iniciado com o objetivo de ser um estudo sobre manutenção e impacto social de blogs. Esse estudo não é realizado nem coordenado por mim, mas sim pelas pessoas que me convidaram a montar o meu. Mas, eu acabei falhando em mantê-lo no ar em uma base diária, que era a intenção original. Como religiosidade (ou a falta dela) é um assunto extremamente pertinente ao estudo, eu precisava voltar com mais frequência.

Recentemente, eu fiz um post off topic no blogbox do camiseteria, que gerou tanto feedback, que eu acho justo manter os assuntos relacionados ao tema religiosidade mais concentrados aqui mesmo. Aliás, se você leitor tiver paciência, esse é o link do post em particular.[o nome do post é Deus...] Uma visita ao site do camiseteria já vale bem a pena também, considerando que tem camisetas muito bacanas lá.


A primeira parte dessa "ressurreição" do blog - que já deve ter sido notada pelos mais perceptivos e que já passaram por aqui - é o novo layout e a inclusão de alguns gadgets novos. Outra coisa que eu tenho intenção de cumprir dessa vez, é a disponibilização de vídeos traduzidos por mim nas postagens, que obviamente são relacionado ao assunto do blog.

Agora, esmiuçando um pouco os comentários de crentes no meu post do camiseteria, a maior parte deles fazia a famosa defesa por paradigma da existência de um deus e das religiões, fora os comentários padrão - "Você já leu a bíblia?". Note-se, que os defensores do teísmo dentro daquele post eram caracterizados somente por cristãos, em várias vertentes. De qualquer forma, em alguns momentos, quase cheguei ao ponto de ver razão e boa contra argumentação em alguns comentários, mas os mesmos acabavam se perdendo em argumentos circulares e apelo à autoridade.

De qualquer forma, se dentre os leitores, está algum dos cristãos que debateu e quis trazer uma nova luz ao assunto, ou ainda um cristão que esbarrarou no meu blog e queira entrar no debate, gostaria de pedir somente que ele pudesse responder a única pergunta - em várias partes - que foi (coincidentemente ou não) evitada por todos os cristãos que comentaram no blogbox:

Considerando a existência de um deus, o que te faz ter certeza que esse deus é o SEU deus? Argumentar a respeito da fé é falho, uma vez que a fé move todas as religiões, supertições e crenças sobrenaturais do mundo. Dizer que a fé lhe traz a certeza do cristianismo é incialmente, ofender os judeus e islâmicos - só pra começar - uma vez que eles dividem o mesmo deus que vocês. Dizer que historicamente, a bíblia tem fatos comprovados por fontes externas que não a própria bíblia também não confere, uma vez que as únicas coisas comprovadas COM CERTEZA em relação à fatos bíblicos foi o lugar onde eles aconteceram. E saber que Israel (por exemplo) fica naquela determinada localização em nenhum momento prova os fatos citados pela bíblia que aconteceram lá. Por último, que critéiro a sua fé permite analisar, uma vez que ela é herdada do seu ambiente social? Se você tivesse nascido numa família de cientólogos, consideraria a origem da vida na Terra como obra dos alienígenas, só porque lhe foi dito desde criança que assim o era. Sem crivo analítico, que rege todos os outros aspectos da sua vida, como você tem essa garantia de estar no caminho certo?

Essa pergunta era a principal parte do meu texto hoje. Espero receber comentários dos teístas que respondam essas questões. Eu particularmente escrevo mais para quem discorda, do que para quem divide meus pensamentos. Como sempre faço, obrigado pela paciência até aqui. Tenho sérias intenções de manter-me por mais tempo após essa ressurreição (que levou beeeem mais que três dias).

Uma ótima semana à todos!!

15 comentários:

  1. Se Deus não existe, me explique como o sol gira tão perfeitamente em volta da terra?

    ResponderExcluir
  2. Querido anônimo: Em primeiro lugar, seria educado da sua parte colocar seu nome, uma vez que eu gostaria de me dirigir à vocês usando seu nome. Em segundo lugar, eu acredito que seja uma grande trollagem essa pergunta, uma vez que não deve ser possível que alguém ainda acredite que a Terra é o centro do Universo. Mas vou responder à sua pergunta mesmo assim.

    Eu acho que lhe faltam noções básicas de Física Mecânica e compreensão da Lei da Gravidade. Infelizmente, os comentários são um espaço pequeno para que eu fale mais sobre isso. De qualquer forma, você encontra aqui [ http://pt.wikipedia.org/wiki/Anexo:Lista_de_t%C3%B3picos_de_F%C3%ADsica_b%C3%A1sica ] - algumas respostas a sua dúvida, que já começou errada, uma vez que é a Terra que gira em torno do Sol.

    ResponderExcluir
  3. Oi Cre.

    "Considerando a existência de um deus, o que te faz ter certeza que esse deus é o SEU deus?"

    Minha resposta: a vida e obra de Jesus , incluindo sua ressureição.

    ResponderExcluir
  4. Bruno, a vida e obra de jesus estão descritas na bíblia e somente nela. Historicamente falando, não há provas em outras fontes de que ele tenha efetivamente existido e muito menos de que ele é o filho de deus. Por exemplo, um muçulmano poderia alegar que ele escolheu aquele deus por causa da vida e obra do profeta, Maomé. O que diferencia a sua crença da deles? Quero dizer, o que te faz ter certeza que a sua é a correta e as outras não?

    ResponderExcluir
  5. A vida de Jesus não está só descrita na biblia.Existem mais provas da existencia de Jesus do que de outros personagens importantes da história como Júlio César, por exemplo.A grande maioria dos historiadores contemporâneos não duvidam da existência de Jesus. Além disso, os evangelhos também são documentos históricos e é bom lembrar que a biblia é uma junção de vários escritos, não um só.Duvidar do Jesus Filho de Deus é até compreensivel, mas do Jesus histórico não.

    A segunda parte vou responder de uma forma bem simples que eu sei que vai dar mais pano pra manga.=)

    Jesus afirmou "Eu sou a Verdade".

    ResponderExcluir
  6. Bruno, meu querido. Se você puder exemplificar alguns exemplos de registros históricos factuais e não discrepantes da existência de Jesus (e não, nesse caso os evangelhos não servem como registro histórico, uma vez que em muitos aspectos, discordam um do outro) fora da bíblia, ilustraria melhor esse ponto de vista. Outro critério a ser analisado é "porque ele disse que é assim". Mas isso não prevê o fato de que qualquer pessoa pode dizer o mesmo, e isso não nos faz acreditar que seja verdade. Se for assim, os cristãos estariam fazendo fila em frente ao santuário do Inri Cristo, pois o mesmo afirma com veemência que é Jesus reencarnado.

    ResponderExcluir
  7. Cre, existem outros documentos fora os evangelhos sim. Isso é consenso entre historiadores.
    A citação que eu mais gosto é de Flávio Josefo, historiador judeu do seculo I.

    Os evangelhos não discordam um do outro. As supostas discordancias são de pontos irrelevantes como, quantas vezes o galo cantou antes de Pedro trair Jesus. Essencialmente os evangelhos são iguais.

    Existem alguns critérios para avaliar a autenticidade dos evangelhos.
    O critério que eu mais gosto é o "critério do consntrangimento", ou seja, a honestidade com que os textos foram escritos. Os autores não varreram pra baixo do tapete coisas embaraçosas da vida de Jesus como, a descrença de sua própria familia.Isso é atípico de quem pretende criar um mito.

    Além disso o novo testamento é composto de 27 escritos, não só de 4 evangelhos. Todos mencionam Jesus e foram escritos no seculo I.

    E sim, você está correto. Eu concordo que qualquer pessoa pode falar o que quiser sobre sí e isso não quer dizer nada.Mas é o testumunho externo que vai validar a fala da pessoa.

    Pra mim existem evidencias sulficientes que validam as declarações de Jesus.

    ResponderExcluir
  8. Todos os escritos (inclusive os evangelhos) foram escritos por pessoas APÓS o tempo em que supostamente Jesus viveu, Bruno. Mesmo os autores dos quatro evangelhos não podem ser historicamente comprovados como tal, uma vez que existe a probabilidade deles terem sido narrados verbalmente até alguém ter a ótima ideia de torná-los um documento escrito. O que eu tinha te pedido, eram de registros históricos E contemporâneos da existência de Jesus, ou qualquer nome que ele usasse na época, como Emanuel, por exemplo. Escrever sobre alguém que já existiu, somente baseado em fé, ainda não passa no crivo de registro histórico comprovado.

    Quanto ao erros "menores" de conflitos na bíblia, se você tiver um tempo, gostaria que visse esse vídeo aqui. Ele é sarcástico, levemente condescendente, mas pelo menos tem os registros bíblicos em quais se baseou.

    http://www.youtube.com/watch?v=n94aBNoLDgk

    ResponderExcluir
  9. Hehe, já conhecia esse video.Eu o considero desleal por usar sarcasmo ( o que torna qualquer coisa ridicula, mesmo as mais verdadeiras) e por usar textos fora de contexto.

    Bom, se é uma regra só considerar a historicidade de uma pessoa se sua biografia for escrita durante sua vida, vamos ter que eliminar vários personagens da história.

    Heródoto, por exemplo, escreveu sobre a guerra dos gregos contra os persas na mesma distancia de tempo dos evangelhos e eu nunca vi ninguém duvidar da existência de Leônidas de Esparta.
    Alexandre, o Grande, teve sua primeira biografia depois de 4 secúlos de sua vida.

    Sem contar que Jesus viveu 30 anos anonimos, teve apenas três anos de ministério, sendo que, o primeiro ano foi o da propagação, o segundo o da aceitação e o terceiro o da rejeição.

    Existem obras não cristãs, inclusive romanas,(que consideravam os cristão inimigos da humanidade) como a de Cornélio de Tacito que citam Jesus.

    Bom, mas se isso não é suficiente,existe o documento publico romano "Atos de Pilatos". Pilatos governou a Judéia entre 26 e 36 dc.


    Na boa Cre, acho que provar que o Jesus histórico nunca existiu é bem mais dificil.
    Afinal,nunca foi encontrado nenhum documento negando sua historicidade...

    ResponderExcluir
  10. Bruno, só para encerrar esse debate acerca do Jesus histórico, eu peço que leia a intro do post seguinte a esse. Acho que ajuda perceber que eu não estava tentando refutar a existência do mesmo, mas tinha minhas dúvidas se as informações eram fiéis à realidade.

    Infelizmente, os exemplos que você usou não são válidos. É fato que ninguém duvida do Rei Leônidas, mas seus feitos e histórias mais fantásticas (como no caso de Jesus) são considerados um exagero da verdade, uma romanceada da verdadeira figura histórica. Ele nunca esteve nas Termópilas com apenas 300 espartanos enfrentando um mar de persas, por exemplo. No mais, registros de reis e imperadores são sempre documentados para referência futura, para que os historiadores do futuro tenham acesso ao dados mais relevantes. Jesus, no plano terreno - de acordo com as histórias bíblicas - não foi um rei ou imperador, e alguém somente citar seu nome (ou nomes), em uma obra paralela, sem entrar profundamente no assunto e detalhar a situação, não torna o registro factível.

    Alexandre, o Grande, nem cabe nessa comparação, se você usar o bom senso. Ele possui registros em diversas línguas, de várias fontes, de diversos povos diferentes. Ele dominou o mundo em sua época, então as proporções de sua influência (mais uma vez, terrena, que cabe no crivo histórico) com as outras duas figuras é simplesmente sem possibilidade de comparação. Toda a influência imaterial, que é a base da religião, não cabe nesse debate no momento.

    Para finalizar, acredito que você sabe que os registros históricos mas antigos do Ocidente são as obras de Homero. E acredito que também saiba, que Homero está sendo considerado um título (como César) por alguns historiadores mais sérios. Ou seja, mesmo nossos "fatos" sobre a guerra de Tróia e outros acontecimentos - desconsiderando obviamente a parte fantástica - está passando pelo questionamento e pela análise empírica. No caso da bíblia, a defesa da fé não permite que estudos extremamente sérios de possibilidade histórica sejam feitas. Nem para defender o ponto de vista dos crentes, nem da História propriamente dita.

    ResponderExcluir
  11. Só uma correção: Não é o post imediatamente posterior à esse. É o post com o mesmo vídeo que te mandei aqui nos comentários, Bruno. A introdução dele está melhor explicada lá.

    ResponderExcluir
  12. Ah tá, por um momento eu entendi que você se quer acredita no Jesus histórico, principalmente porque disse " Historicamente falando, não há provas em outras fontes de que ele tenha efetivamente existido ".
    Tem bastante coisa interressante sobre o Jesus histórico e de 100 anos pra cá fizeram varias descobertas.Se pesquisar vai encontrar. ;)

    Com mais tempo eu comento nos outros posts.
    Abração , amigo.

    Fique com Deus, hauahuahauhauh. ( trollagem santa) =D

    Com mais tempo

    ResponderExcluir
  13. Aqui é Sérgio-queijo do camisteria.
    Cre,
    Alguns pontos.
    Vamos falar de moral, não a moral imposta pelos homens, a moral que o seu subconciente sabe que esta é errado ou certo, como o amor, acredito que você seja pai, quando olhou pro seu filho(a), você mataria seu filho? Como você explica estas "leis", o que você acha da frase "Que fomos criados a semelhança de Deus", ou é só um instinto animal?
    Abraços

    ResponderExcluir
  14. Cre, respeito muito seu ponto de vista.
    Mas de forma alguma admiro esta sua verborragia, uma metralhadora burocratica.
    Eu não perguntei se os ser humano mata, isto é óbvio, não nos compare a animais, por favor!
    Minha indagação é a seguinte, moralmente, não a moral dos homens, seguimos um modelo, um instinto que não sabemos de onde vêm, você esta dizendo que isto vem da evolução?
    Suas citações biblicas estão infundadas, amigão, e outa coisa na bíblia não há inferno para as almas, você fala do ponto de vista católico, que deve ter sido a sua formação antes de se tornar ateu, neste caso até eu me revoltei com o Deus católico penalizador, saia um pouco do intelecto Cre. Não estou impondo ou provocando de forma aleatória, estou formando opinião, gostaria até que outros cristãos participassem deste debate.

    ResponderExcluir
  15. Fala Cheese. Eu não sei se essa pergunta se relaciona com o post em si, para começo de papo. Ao final do post, eu publiquei alguma perguntas à quem fosse religioso (cristãos se manifestaram até o momento). Essa pergunta envolvia a pessoa justificar essa crença.

    Mas, quanto aos seus questionamentos, vamos lá.

    Sim, eu sou pai. Sim, eu sou vidrado no meu filho. E sim, como qualquer homem adulto, eu já "matei meu pai". Se vocês não está familiarizado com o termo, recomendo que pesquise um pouco sobre psicologia e "matar seu pai". O seu questionamento tem umas base extremamente furadas, se forem biblicamente fundados. Vou dividir em pontos:

    1. Eu não mataria o meu filho. Na verdade, é de praxe que animais não matem sua prole sem uma razão que envolva sobrevivência. Sei que a frase pareceu paradoxal, mas destilando-a, nenhum animal mata sua própria prole, a não ser que a existência daquele filho em particular coloque em risco a existência da comunidade ou do resto da família. No caso de humanos, como desenvolvemos o raciocínio, nós temos, além da análise instintiva sobre a vida e a morte de outro de nossa espécie, o olhar ético e moral e ainda as leis.

    2. Muitas pessoas matam seus filhos. Dentro desse contexto, algumas pessoas matam seus filhos por razões religiosas. Não seria uma falha lógica considerar que quem conhece "a palavra" cometeria uma atrocidade dessas e uma pessoa sem nenhuma orientação espiritual acha isso um absurdo? Não estou generalizando. Aposto que ateus matam também. Mas, se dentro do grupo dos religiosos e dos não religiosos, a escolha da pessoa sobre tirar outra vida é uma coisa de margem de erro de 50%, a religião não desempenha nenhum papel essencial nesse sentido de dar um olhar mais "correto" à essa situação.

    3. O deus cristão matou milhares de pessoas durante toda a narrativa da bíblia. O deus cristão matou pessoas que nem eram as responsáveis pelo que o deixou puto (vide os primogênitos do egito). Ele também ordenou diversos sacrifícios, guerras e genocídios. Se dentro da sua filosofia, ele é pai de todos nós, tem algo errado com esse cara. Portanto, se o início do seu argumento é dizer que amor veio desse ser e por isso o sentimos, vou também derrubar seu argumento em partes:

    1.1 - É o instinto animal, de que as espécies sigam vivendo na terra, que trouxe para seres racionais como nós, o conceito abstrato de AMOR. Ou seja, foi o processo natural da evolução, não o sobrenatural.

    2.1 - Religiosos (de todas as crenças) e não religiosos, até que se tenha uma estatística correta, matam outros humanos numa taxa equivalente de: os malucos fazem sem pensar, outros tantos fazem e depois se arrependem e um último grupo não o faz. Ou seja, seu deus não tem nenhuma inspiração extra pra trazer aqui.

    3.1 - Seu deus é o maior exemplo de pai impaciente e egocêntrico (dentro de nossos parâmetros) que se pode imaginar. Como você tem CORAGEM de achar que nossa semelhança com essa pessoa trouxe coisas boas à humanidade? Se assim fosse, eu criaria meu filho, diria pra ele que ele pode ou fazer o que quiser (livre arbítrio), ou me adorar e beijar meus pés todas noite antes de dormir. Se ele optar pela primeira opção, fico ofendido e mando trancá-lo em um quarto de fogo por toda a eternidade.

    Espero ter respondido. Infelizmente, como tinha "provocado" lá no camiseteria, você ainda traz argumentações (que nem foram isso mesmo, dado que foram perguntas) que ainda não trouxeram uma nova luz ao assunto.

    ResponderExcluir